Desde os primórdios, a arte faz parte do dia-a-dia das comunidades, se manifestando de diferentes maneiras, ritmos, estilos e gêneros, em festas e celebrações diversas. Com a evolução das sociedades e principalmente a transformação da arquitetura da vida urbana das cidades, voltamos a ideia da antiguidade dos “burgos” e da não cidadania onde parte da sociedade não tinha direitos políticos e de participação nas decisões da vida comunitária.

A cultura surge como uma vertente importante para a libertação de muitos jovens artistas que há alguns anos não tinham esperanças, mas com o advento da internet e as plataformas digitais, os processos de criação tornam-se um movimento insurgente e cheio de novas possibilidades humanas, sociais, culturais e econômicas. Os movimentos das favelas e das periferias começam a ganhar visibilidade e notoriedade. A arte periférica fortalece o empoderamento dos saberes e os fazeres conquistam espaços na comunidade e em novos espaços.

O Festival dos Invisíveis tem como objetivo promover as artes produzidas nas periferias das cidades brasileiras, criando um movimento identitário para dar sentido a premissa: Quem somos? Para que serve nossa arte? Visa ser uma plataforma de projeção para o mundo pela internet como um incentivo para os artistas, além de proporcionar ao público (no virtual) a diversidade cultural invisibilizada nas perifas brasileiras.